Se você está esperando encontrar neste livro aquelas conhecidas e boas regras de sucesso por autoajuda , tais como, Pense positivo, Veja os dentes branquinhos do cachorro morto, ou, Olhe pro copo meio cheio e não meio vazio, então você vai ficar surpreso com sua leitura. Meu desejo é que você o leia, sabendo que encontrará segredos bem mais seguros do real sucesso na vida.
Você já parou pra pensar que nasceu para o sucesso e não para o insucesso?Você já se deu conta que todo insucesso se explica em falha de propósito, execução ou persistência humana?
Você já pensou que o sucesso pessoal está sempre ligado ao sucesso do próximo?
Você já pensou também que o sucesso pode não envolver necessariamente a aquisição de uma boa fortuna?
Você talvez ainda não saiba que o sucesso financeiro costuma acompanhar aqueles que percorrem o caminho certo, mas há bilionários que dariam até bilhões para voltar a sentir o gosto do alimento que comem. E que sentido faz sua riqueza, enquanto a saúde lhes falta?
E o que dizer daqueles que alcançaram muita riqueza, mas não têm paz na consciência ou não são amados em sua própria casa ou carregam dúvida se sua herança não vai gerar conflitos e a separação dos filhos herdeiros?
Estas questões não devem ser motivos para que você não lute por uma boa posição financeira, mas também devem te ajudar a buscar, com todo empenho, o sucesso da sua própria vida. Essa é a razão deste livro. Leia-o e seja bem sucedido em praticamente tudo o que faz.
CAPÍTULO I – SUCESSO NO UNIVERSO
Quando você começa a pensar no Universo, é quase impossível não estranhar a perfeição com que se apresenta, principalmente aos olhos dos observadores cientistas. Até parece que tinha tudo para dar errado e sucumbir dentro de alguns segundos ou pelo menos através de anos ou séculos.
Pense nas dimensões do Universo. Chega parecer infinito! Em fevereiro de 2017, sondas descobriram um novo planeta a uma distância só alcançada em 7 milhões e 200 mil anos, à velocidade de um foguete. Parece inatingível. Agora, pense na pequenez de sua menor partícula. Chegaram a chamar de átomo, quando pensaram que haviam dividido uma unidade em suas mínimas partes. Hoje, o termo átomo, indivisível, já se tornou impróprio porque dentro de cada átomo ainda existe um pequeno universo.
Como imaginar o sucesso onde parece haver fortes razões para um desastre total? A Terra está alinhada num ângulo de 23 graus em relação ao núcleo solar. Se essa posição fosse outra, o vapor dos oceanos se condensaria nos polos norte e sul, criando montanhas de gelo. Perdendo o sol metade de seu calor por lá, os moradores morreriam todos congelados ou simplesmente não existiriam. Aumentando o astro rei seu calor nos trópicos, morreriam todos queimados ou simplesmente não existiriam. A Terra seria um deserto vazio.
Fora da Terra, onde o bicho homem ainda não chegou, ou melhor, mal pisou a face da lua, a perfeição é ainda mais notável.
E que dizer do sucesso incontestável dos seres palpáveis? A composição e reprodução das flores, plantas, animais e pessoas são apenas alguns exemplos do sucesso. Pense por um pouco no aparelho auditivo, ocular e auricular e outros órgãos dos seres humanos e também irracionais.
Esperar que tudo isso foi possível sem a presença de uma mente bem sucedida, é como esperar um belo relógio suíço saindo, originalmente, de um montão de lixo. Qualquer um autor de tão gigantesca máquina como essa acabaria sua obra dizendo, Minha operação foi realizada com sucesso.
O sucesso do Universo, sem dúvida, aponta para o ideal e a possibilidade de cada ser humano ser também um ser de sucesso. É o que veremos nos próximos capítulos.
CAPÍTULO II – SUCESSO PERDIDO, SUCESSO RECUPERADO
No meio de toda aquela perfeição bem sucedida do Universo, havia uma imperfeição. Havia algo que ainda não havia alcançado o seu último grau de sucesso. Era a máquina humana. Não em seu modo de falar, ouvir, sentir e ver as maravilhas da criação. Faltava possuir a experiência de conhecer o sucesso no seu grau mais elevado de perfeição. Noutras palavras, apreciar e viver a vida a partir de um ato de vontade ou escolha própria. Ainda em outras palavras, ainda não conhecia o livre arbítrio. Conhecer e usá-lo bem seria o maior de todos os sucessos.
Uma vez submetido a prova, o ser humano falhou, conhecendo o maior de todos os insucessos. Uma vez reprovado, passou a conhecer o mal, além do bem que já conhecia. Passou também a desejar o mal que ainda não conhecia. Além de conhecer e desejar, passou a experimentar o mal, cujo primeiro fruto foi a desobediência. O livre arbítrio de sucesso, que seria a obediência, passou a ser uma experiência de livre arbítrio de insucesso, que foi a desobediência.
As resultantes dessa trágica experiência foram imediatas. Vergonha, fuga, inveja, homicídio e tantos outros males. Como ainda acontece em nossos dias, até a religiosidade foi motivo de inveja e homicídio. Assim foi no primeiro homicídio, em família, por sinal. Como presenciamos hoje, a ambição, a inveja, o ódio, a violência e até o homicídio estão sendo justificados na religiosidade e em nome de religiões.
Acontece, porém, que hoje como no passado distante, o presente fracasso, por mais trágico que tenha sido, não levou os autores do erro a apenas lamentar e desistir de tudo, inclusive do sucesso. Nosso primeiro semelhante recebeu uma solene e infalível promessa, Esta história terá um final feliz. Do mesmo modo, um dos seus filhos, o assassino do irmão, recebeu o direito de continuar sua vida, recebendo um sinal exclusivo, que de tão sui generis, afastaria qualquer que o quisesse vingar. Bem que aquele sinal poderia ser uma tarja branca na testa com duas sentenças em letras vermelhas, Não o matem, Deem a ele o direito do sucesso.
Apesar de todo o mal gerado a partir da livre escolha, esse livre arbítrio jamais perdeu o seu sentido na carreira do sucesso. O mal e o bem continuam em nosso dia a dia e o direito de escolha continua vigente e disponível a todos os seres racionais. Usar o livre arbítrio para o bem continua sendo o caminho para o sucesso. Alguns pensadores têm levantado a questão, Se o homem só tem diante de si a escolha do bem como meio de sucesso, então só lhe resta esse caminho e onde está o seu livre arbítrio? Devemos lembrar que já é uma grande coisa podermos escolher o bem como caminho do nosso próprio sucesso. Vemos também que escolher o mal continua sendo facultativo ao ser humano, que na sua maioria, ainda usa seu livre arbítrio na direção do insucesso.
CAPÍTULO III – UM NAUFRÁGIO DE SUCESSO
O fracasso que lembramos há pouco na esfera da felicidade pessoal e da família, também se tornou em fracasso de toda uma civilização. Foi apenas uma questão de alguns séculos. A humanidade chegou ao ponto de não se suportar mais a si mesma, tamanha a maldade e a violência na terra. Uma das raras figuras bem sucedidas da época foi chamada para salvar a espécie a partir de sua própria família, que se compunha de quatro casais.
A tarefa tinha tudo para dar errado, quando vista pelos meros olhos humanos. A construção de um enorme barco em terra seca e ao mesmo tempo longe de qualquer grande rio ou oceano! E como abrigar os animais e tanta gente naquele navio no caso de uma inundação? Quem elaborou esse plano sabia de antemão que apesar da construção ter levado cem anos, o povo não daria importância àquela obra. Pelo contrário, zombava e ridicularizava.
As águas chegaram e tudo aquilo que parecia ridículo foi adquirindo sentido. O povo pereceu, não pela pequenez do barco para salvar tanta gente, mas pela rebeldia das multidões violentas, que podiam ter evitado a tragédia por meio do arrependimento. Aqueles que bateram aterrorizados no casco do navio não o fizeram por contrição, mas por desespero. Por isso mesmo, o barco havia sido fechado por fora.
O sucesso do Dilúvio pode ser considerado por dois ângulos. Primeiro, pela funcionalidade técnica. Tudo sucedeu conforme a programação imaginada. Segundo, salvando a espécie humana do colapso. O colapso físico porque a espécie humana teve continuidade através de uma família. O colapso moral porque sem o Dilúvio a humanidade não suportaria sua própria violência e não chegaria até hoje com seus sete bilhões e meio de habitantes.
CAPÍTULO IV – O SUCESSO DE UM POVO
No capítulo anterior, vimos o sucesso alcançado pela raça humana como um todo salva através de um dilúvio. Agora, podemos perguntar, Será que os povos individualmente podem também alcançar o sucesso? A resposta é simplesmente sim, desde que as leis propostas para eles sejam observadas. Não estou pensando aqui nas leis escritas nos papéis, mas aquelas escritas na consciência dos cidadãos, a começar dos seus governantes, legisladores e juízes. Outra pergunta relevante, Será que o sucesso de uma nação corresponde ao sucesso dos seus cidadãos? Aqui também respondo que sim e vice-versa. Pode haver pessoas individualmente mal sucedidas numa nação de sucesso e outra vez vice-versa. Mas certamente esse sucesso não será completo nem duradouro. Isso também significa que você não será plenamente bem sucedido se não estiver lutando corretamente por uma nação bem sucedida.
O exemplo que veremos agora é uma das muitas provas do que acabei de afirmar. Uns dois mil anos ou mais após o grande Dilúvio, a humanidade voltou a se tornar muito má e violenta. Do mesmo modo, a geração humana continuou carente de um povo que fosse berço da redenção e do redentor. Para tanto foi convocado um homem que pudesse dar início a um novo povo. Abrão foi esse homem. Seu nome significava pai elevado, mas, em função de sua missão além fronteiras, passou a se chamar Abraão, pai de multidões, concordando com as palavras que ouviu, Em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Como foi no caso do Dilúvio, esse homem tinha tudo para experimentar o fracasso em lugar do sucesso. A ordem era deixar as propriedades, a pátria e os parentes e sair para um lugar desconhecido. Ainda levava a incumbência de gerar uma nova nação, a começar de um filho que devia gerar com sua esposa estéril com noventa anos de idade. O insucesso era tão bem calculado que a própria mãe sorriu ao ouvir a notícia. Aquele sorriso desconfiado e desconcertado até deu origem ao nome do menino, Isac. Quantas vezes, cabeça baixa atrás da porta, ela deve ter repetido a última consoante muda, kkkkkkk? Repreendida, mas não castigada, tudo aconteceu como prometido e aí está Israel, onde nasceu o Príncipe da Vida, não para assumir comando militar ou político no mundo, pois isso é coisa para os seres comuns da terra.
Será que Israel cumpriu seu papel de berço do Príncipe prometido? Sim, cumpriu totalmente sua missão. Quando ele veio, muitos compatriotas o receberam com muita alegria e certeza de sua presença no mundo. Embora os líderes da época não o tenham reconhecido e o tenham levado à morte, a nação não se tornou menos digna que as outras nações. Nas mesmas circunstâncias, qualquer outra teria feito o mesmo. O mais importante a dizer aqui é que, contrariando todas as expectativas de fracasso, a partir do próprio fundador Abraão, a operação foi concluída com pleno sucesso.
CAPÍTULO V – DE PRISIONEIRO A GOVERNADOR
Dou aqui um salto de três gerações, cerca de 395 anos, para mostrar como o sucesso pode ser alcançado em meio a situações totalmente desfavoráveis e como o sucesso de uma só pessoa pode ser instrumento de sucesso para toda uma nação e até do mundo. Estou pensando em José, um bisneto de Abraão. Esse famoso filho de Israel foi vendido pelos próprios irmãos por inveja aos 17 anos. Foi revendido como escravo no Egito, onde por calúnia e vingança de uma mulher, tornou-se também prisioneiro por cerca de dez anos. Aos trinta anos de idade, foi nomeado Governador de todo o Egito, recebendo em seu dedo o anel do próprio Faraó. A história de José é mais um exemplo de que o sofrimento e a angústia não são obstáculos no caminho do sucesso de um verdadeiro ser humano. Esse exemplo prova também que o verdadeiro sucesso de uma pessoa também implica no sucesso de nações e do mundo, como afirmei no início deste breve capítulo.
CAPÍTULO VI – UMA FAMÍLIA DE SUCESSO
Agora, passo a considerar alguns acontecimentos ligados a certa família que, do ponto de vista humano, também tinha tudo para terminar em derrota e lamentos, mas que, por seguir os mais elevados princípios da vida, alcançou o ápice do sucesso. Eram descendentes do patriarca Levi, conhecidos como família de Anrão, Joquebed, Miriã, Arão e Moisés, o caçula.
Moisés nasceu no momento quando Faraó tinha decretado a morte de todos os meninos nascidos dos imigrantes israelitas, no temor e no propósito de impedir o crescimento do povo estrangeiro. O rei não teve sucesso porque, segundo o relato das parteiras, as hebreias eram muito espertas e tinham seus filhos antes que elas chegassem para sufocá-los. Daí, que resolveu mandar seus soldados afogar os infantes no Nilo assim que nascessem. Joquebed teve a estranha e feliz ideia de fazer um barquinho, pôr o menino Moisés dentro dele e amarrá-lo à beira do rio, vendo que não dava mais para escondê-lo em seu choro estridente. A filha do rei chegou mais tarde para o banho costumeiro e apanhou a criança exatamente no momento quando Miriã perguntou à princesa se precisava de uma ama para criar o pequeno. Diante da resposta positiva, foi e chamou a própria mãe para a missão.
Moisés, entre ser o príncipe herdeiro do reino do Egito e lutar pela libertação do seu povo, preferiu o caminho mais difícil, mais arriscado e mais longe de qualquer sucesso. E foi assim que, depois de bem sucedido no nascimento e na retirada do seu povo da escravidão, trilha com eles um caminho de quarenta anos sempre pelo deserto.
Entre as coisas mais simples que Moisés recebeu e transmitiu ao povo durante sua longa caminhada, podemos lembrar o cuidado com a cidadania e com a terra na qual ele mesmo e seus irmãos não entraram. A terra só podia trabalhar seis anos. Cada sétimo ano era reservado para descanso. Assim o solo descansado rendia em seis anos mais do que renderia em sete sem descanso. Do mesmo modo, havia um ano reservado para remissão social. A cada cinquenta anos, escravos ganhavam sua alforria e as propriedades penhoradas voltavam a seus antigos donos. Tanto que o valor das terras era calculado de acordo com o tempo que restava para a próxima remissão.
Esse legislador que parecia ter nascido do fracasso, mas foi tão vitorioso, como o próprio nome recebido pela mãe rainha, Moisés, tirado das águas, deixou muitos outros marcos de sucesso. Os cuidados com os órfãos, viúvas e pobres são apenas alguns exemplos. Na colheita, os ceifeiros não podiam se abaixar para pegar as espigas e frutos que caíam porque estavam reservados aos que não possuíam terras. Não se podia dormir com o agasalho tomado de um pobre como penhor de algum trato ou dívida, mas devolvê-lo antes da noite. A mulher recebeu garantia de seu matrimônio. E assim por diante.
Será que os antigos sucessos israelitas não têm nada a dizer aos povos de hoje, quando já se fala tanto em proteção, qualidade de ambiente, de alimentos e de vida?
Quando se fala de sucesso pessoal, no caso de Moisés, sua mãe e seus irmãos, morreram e foram sepultados sem conhecer o outro lado do Jordão. Aparentemente tiveram sucesso apenas pessoal e não em fazer toda a conquista de Canaã, o que foi concedido a Josué. A vida é assim mesmo. Se você está fazendo bons sucessores, está finalizando suas operações com sucesso.
E por falar em Josué, aqui está outro herói muitíssimo bem sucedido em tudo o que fez em sua vida. Só na conquista de uma cidade, teve seu dia e sua noite dobrados em quase vinte e quatro horas, o dia valendo por dois dias e a noite por duas noites. Somando esse tempo com os dez graus nos quais o relógio de sol do rei Ezequias voltou atrás, o universo possui um atraso de um dia completo em seu sistema solar. Não podemos negar que esse rei foi também um dos maiores sucessos da História.
CAPÍTULO VII – JUÍZES DE SUCESSO
Vamos continuar olhando os exemplos da História Antiga, agora contemplando alguns dos chamados juízes de Israel. Imagina um povo aflito pela superioridade dos vizinhos, estão plantando com todo o rigor do sol da Palestina, mas vendo o inimigo colher antes dele. O sofrimento costumava durar até mais de dez anos, até que surgisse um herói para libertar seu povo.
Gideão foi um desses heróis. Apesar de ser declarado jovem e com muita força, respondeu a quem o desafiou que só aceitava o desafio diante de certas garantias. Para tanto usou um novelo de lã, que lhe desse a certeza do sucesso. Como demonstração de autoridade, precisou derrubar o altar e a imagem de Baal, uma herança da própria família do herói, causando grande revolta dos compatriotas. O pai o salvou com sabedoria invulgar, quando disse ao povo, Vocês não sabem o que estão fazendo. Antes do próximo amanhecer, Baal vai matar vocês, que estão aí lutando por ele como se ele mesmo não fosse capaz de se defender. Se ele existe e é poderoso, que lute por si mesmo. Notável ainda foi quando o jovem herói mandou para casa milhares de soldados medrosos e libertou seu povo com apenas trezentos.
Outro Juiz que se tornou famoso foi Sansão. Depois de um casamento mal sucedido, fez uma segunda aventura sem a sagrada bênção dos pais, ambas com moças dos vizinhos inimigos filisteus. Costuma-se dizer que o segredo de sua força estava nos cabelos. Na verdade, os cabelos longos eram apenas o símbolo de uma promessa. O verdadeiro segredo era a força do alto.
Depois de todos os fracassos que experimentou por conta da traição da própria esposa Dalila, recuperou suas forças e terminou seus dias como escravo, tanto assim que, ao ser levado ao teatro para comemorar sua prisão e distrair seus algozes, mesmo de olhos perfurados, derrubou o palácio, matando mais pessoas na sua própria morte do que havia matado em vida. Aqui parece bem claro que estamos mais diante de mais um sucesso nacional de Israel do que pessoal do próprio homem da força.
CAPÍTULO VIII – UM REI DE GRANDES SUCESSOS
Entre vários outros monarcas, Davi se destaca como um dos homens mais bem sucedidos de todos os tempos. Mais conhecido por derrotar o gigante Golias, tem na sua biografia muitos outros lances notáveis que merecem ser lembrados, mesmo aqueles que não chegam a fazer dele um grande herói.
Vou mencionar aqui os seus dias de anonimato quando ainda bem jovem apascentava as ovelhas de seu pai Jessé. Para não dizer que ainda não era um verdadeiro herói, um dia lutou contra um urso que estava para abater os cordeiros e o dominou até a morte, do urso, é claro.
E foi nesse tempo que o Juiz encarregado de ungir um rei para seu povo Israel, o velho líder Samuel chegou em sua casa para escolher o futuro monarca e Davi não foi nem mesmo apresentado ao visitante, talvez pela pouca idade, talvez pela aparência física. Depois de rejeitar todos os irmãos da família, o vidente mandou que Jessé chamasse o menino no pastoreio e foi justamente ele o escolhido e ungido rei. A bem da verdade, Davi foi o que podemos chamar de um sucesso, tanto como músico, como compositor, como rei. Seu bem sucedido reinado durou quarenta anos, aproximadamente, do ano mil ao novecentos e sessenta AC.
Lembrando sempre que o sucesso não se mede apenas pelas realizações pessoais, mais também pelo que uma pessoa se propõe a alcançar pela família, por seu povo e pela humanidade, podemos dizer mais uma vez que Davi foi um herói pelo fato de ter colocado seus talentos, aptidões e oportunidades a serviço de multidões, tanto da sua como das futuras gerações.
Não convém encerrar este capítulo sem lembrar de outra grande figura, Nabucodonosor. Chegou a sonhar consigo mesmo, quando viu uma árvore do tamanho da terra, que abrigava e alimentava pessoas e animais do mundo inteiro. Foi dito a ele que realmente ele era o dono de quase todo o mundo, ou seja, um grande sucesso.
Mas também foi dito ao monarca do perigo de se envaidecer de sua posição de líder mundial porque o dia em que se jactasse se tornaria um verdadeiro animal, comendo capim com os bois selvagens. Não deu outra coisa. Um belo dia, um ano depois, exclamou com orgulho e muita presunção, olhando vaidosamente para os jardins suspensos do palácio, Não é esta a grande Babilônia que eu construí em honra de minha majestade? Embora tenha recobrado memória e voltado às funções que por sete anos estiveram nas mãos do jovem Beltsazar, aquele longo período foi um grande revés na vida do grande monarca. Apesar de tudo isso, qualquer pessoa diria que Nabucodonosor foi um dos maiores sucessos da História.
CAPÍTULO IX – DOIS GRANDES SUCESSOS
No meio de uma enorme galeria de heróis da antiga história, quero lembrar um pouco da passagem de dois homens pela terra. Um deles foi Elias, profeta atuante no reino de Israel. Entre muitos outros fatos inesquecíveis, registro aqui um pouco da relação do jovem com o rei Acabe e sua perversa esposa Jesabel. Condenou o casal por tomar a vinha de Nabote à força e ao preço da vida do pobre rapaz. A reprovação custou ao vidente muitas ameaças e temores, mas também lhe ensejou grandes feitos no reino do norte.
O final da vida de Elias é também digna de lembrança. Não morreu como os demais mortais. Foi levado por uma carruagem puxada por cavalos de fogo, enquanto seu sucessor, o jovem Eliseu, exclamava, Meu pai, meu pai! Carruagem de Israel e seus cavaleiros! O estudante não estava se referindo ao aparelho que via subindo, mas ao mestre que não podia ver mais, pois era assim que o povo considerava o grande homem, carruagem e cavaleiros de Israel. Ou seja, o profeta era tudo para Israel.
O outro herói que vou destacar é Isaías. Profeta atuante no reino de Judá, também conhecido como reino do sul, durante vários reinados. Esteve em especial evidência durante o reinado de Ezequias. Foi aquele que entrou nos aposentos do rei para dar a notícia de que logo morreria por morte natural. Antes de passar pelo último portão do palácio, voltou para comunicar ao monarca que as coisas haviam mudado em razão de suas súplicas e teria mais quinze anos de vida. Trazia também um sinal da certeza da cura do rei. Deveria escolher entre voltar o relógio de sol do seu pai Acaz em dez graus ou adiantar em dez graus. O rei decidiu pelo adiantamento daqueles ponteiros de sombra e foi exatamente o que aconteceu, completando assim aquele atraso do sistema solar de um dia, somando aqueles quarenta minutos com o dia quase todo do guerreiro Josué, setecentos anos atrás.
Esse grande e bem sucedido herói ainda afirmou a redondeza da terra, a libertação do cativeiro babilônico por Ciro, que nasceria duzentos anos mais tarde, o nascimento virginal do Príncipe eterno, a traição do amigo, a sepultura nova emprestada e tantos outros fatos presenciados pela História.
E que dizer de tantos outros como Jonas, que desobedeceu as ordens de cima e teve que ser lançado ao mar para a salvação dos demais passageiros e no terceiro dia foi vomitado na praia pelo peixe que o havia tragado? Foi o exemplo de pessoas algumas vezes mal sucedidas e ao mesmo tempo outras vezes vitoriosas. E finalmente, depois de cumprir sua missão, ainda ficou amofinado porque sua mensagem foi bem recebida por toda a Nínive, capital da Assíria, inclusive pelo seu rei, e a cidade não foi destruída como havia anunciado. Como quem diz, Quem me enviou não cumpriu com a palavra.
Mais uma vez, as pessoas apresentadas neste capítulo não foram exemplo de grandes sucessos pessoais. Pelo contrário, até prefeririam uma vida comum e sossegada. Os dois primeiros personagens deste capítulo até chegaram a pedir a morte. Mas para nós que olhamos de longe o que fizeram pela humanidade, foram verdadeiros heróis de grande sucesso.
CAPÍTULO X – OUTRO GOVERNADOR DE SUCESSO
O povo de Israel tinha acabado de voltar da Babilônia para onde tinha sido levado cativo por Nabucodonosor há setenta anos. O jovem Neemias é nomeado Governador da província de seu povo e chega com a tarefa de reconstruir os muros de sua capital Jerusalém. Enfrentou severas oposições e conseguiu terminar sua gigantesca obra em apenas cinquenta e dois dias.
Como explicar tanto sucesso? Vários fatores concorreram para tamanha façanha, como determinação, coragem, armamento e alvo determinado. Mas o que ficou mais evidente e conhecido foi o seu método de compartilhamento. Dividiu as muralhas em vários trechos e confiou sua reconstrução à família que habitava mais próximo. Assim também hoje e em qualquer tempo, se você deseja medir a extensão do seu sucesso em qualquer empreendimento, não se esqueça de medir também sua habilidade de dividir tarefas.
CAPÍTULO XI - SUCESSO NO AMOR
_______________________________________________________Aqui poderíamos recorrer a inúmeros exemplos de pessoas bem sucedidas no amor, tanto na História antiga como na contemporânea e moderna. O mesmo podemos dizer de muitos amigos conhecidos seus e meus ou, quem sabe a nossa própria história é uma história de sucesso? Vou tomar a linda história de Adão e Eva, não o lendário par que muitos veem na lua, mas os nossos primeiros pais em pessoas.
Podemos dizer que aquele par foi contemplado com enormes privilégios. Primeiro, por terem sido criados pelas próprias mãos do Criador. Segundo, por terem sido feitos semelhantes a ele. Terceiro, por terem sido criados um para o outro com critérios seguros de sucesso. Que ela esteja diante dele, como seu assistente. Não adiante como seu guia, ou atrás dele como escrava. Poetas e amigos do Criador já nos brindaram com lindos pensamentos sobre o amor. D. L. Moody se expressou, Ela não foi tirada dos pés dele, para não ser pisada por ele. Não foi tirada da sua cabeça, para não mandar nele. Mas saiu do lado esquerdo do peito, para ser amada e amparada por ele.
O grande segredo do sucesso no amor está em observar os fundamentos do amor estabelecidos pelo Criador. Não fazer diferentes aqueles que foram feitos iguais. Carentes de amor e justiça, portadores de ideais, possuidores de sabedoria. Não fazer iguais aqueles que foram feitos diferentes. Corpo diferente, força diferente, beleza diferente, meiguice diferente.
Apesar de todas as trágicas consequências trazidas pela desobediência, aquele primeiro casal conseguiu alimentar o seu velho amor por alguns longos séculos. Pela presença das palavras divinas ressoando em seus ouvidos e ouvindo os sons de suas próprias palavras de noivo no altar, Como é bela! Como pode ser ao mesmo tempo tão igual a mim e tão diferente de mim!, puderam chegar a quase um milênio de amor.
Mas não posso terminar este capítulo sem lembrar que esses pilares do sucesso só dão certo quando os amantes se apoiam em outro pilar, a comunhão e a obediência ao Criador deles e do amor. Talvez a melhor figura para representar esse sucesso seja o triângulo. A base cá em baixo é o próprio Criador. Os dois lados iguais se apoiam na base e juntos olham firmes para o vértice lá em cima, que também é o mesmo Criador. É o único triângulo amoroso que deu certo e só pode terminar em pleno sucesso. E o seu não será diferente.
Sete anos Jacó serve seu tio
por Raquel, amada prima.
No dia, pra seu delírio,
por esposa, recebe Lia.
Perdoa Labão pelo engano,
Esquece a mágoa, esquece a dor.
Trabalha mais sete anos
Por Raquel, seu grande amor.
Sete anos de alegria,
Muitos dias de carinho,
Muito sol, muito labor.
Outros sete serviria,
Se a vida em seus caminhos
Fosse longa como o amor.
CAPÍTULO XII – O SUCESSO DO PRÍNCIPE
Veio a hora quando chegou ao mundo a pessoa mais esperada, prenunciada até mesmo pelos filósofos mais antigos. O nascimento foi todo original, aparentemente natural por ter nascido através de um ser humano mulher. A originalidade está no fato de ter sido gerado sem a interferência genética desse mesmo ser humano. Não foi uma criação dogmática de uma igreja para justificar a santidade da virgem mãe. Foi a confirmação daquela antevisão descrita pelo notável Isaías, com setecentos anos de antecedência.
O local do nascimento do Príncipe também foi exatamente aquele apontado por outra pessoa de sucesso, Miqueias, igualmente sete séculos antes. Belém tinha sido a cidade escolhida. Confira se não foi a única pessoa na História a escolher de quem nascer, como nascer, quando nascer e onde nascer!
A vida do Príncipe da vida decorreu toda sob sinais de originalidade. Como escapou da morte antes dos dois anos de idade, exatamente conforme Jeremias, seiscentos anos antes, como obedeceu ou desobedeceu a seus pais, como compartilhou sua missão com pessoas comuns, como tratou os inimigos, o modo e autoridade como falou e o modo como terminou seus dias na terra.
Os fatos relacionados com a morte do Príncipe foram também antevistos nos tempos antigos até mesmo nos seus detalhes. Traído por um amigo, vendido por trinta moedas, rifada sua capa, vinagre oferecida em lugar de água, sepultura nova emprestada por outro amigo, vitória sobre a morte depois de três dias! Tudo isso anunciado entre setecentos e mil anos antes dos acontecimentos.
Toda a vida do Príncipe pode ser descrita como uma vida de insucesso previsto. As possibilidades de ser um homem de sucesso era de uma vez sim sobre cem bilhões não. No entanto, ali estava o maior exemplo, jamais igualado por alguém ou visto em qualquer livro ou manual de sucesso.
CONCLUSÃO
Agora, quando você está concluindo a leitura deste livro, você já não precisa perguntar, Por que você não falou de autoajuda, otimismo, pensamento positivo, copo meio cheio, ou mesmo dos lindos dentes do cão morto e outros segredos de sucesso? O objetivo deste livro não foi repetir os bons preceitos já conhecidos como caminhos para a vitória, mas apontar para novos segredos encontrados na História, sem os quais ninguém alcança o verdadeiro e completo sucesso.
Devo terminar este modesto livro, chamando sua atenção para o maior fator de sucesso na vida de qualquer ser humano, a Eternidade. Quando esse conceito é afastado do plano de vida de uma pessoa, o verdadeiro sucesso jamais será alcançado em plenitude. Volto a dizer que uma vida de sucesso não se mede pelo montante de recursos econômicos alcançados durante uma vida, pelo poder exercido sobre liderados, ou pela fama e aplauso de multidões, mas pelo que você alcançou em favor de sua geração e de gerações futuras, imortais como você.
Os poucos exemplos de vida de sucesso aqui apresentados, mostram que só alcançaram o verdadeiro sucesso porque possuíam uma segura visão de Eternidade. Doutro modo, teriam sido apenas mais alguns heróis dignos de admiração, que viveram seu tempo lutando por uma vida muito curta, que termina por aqui, num mundo que também aqui termina para eles. E que vantagem teremos se deixamos o mundo e os sucessos para amigos e parentes que terão o mesmo fim? É claro que, sem a Eternidade, todos os sucessos serão meros insucessos!
Finalmente, vou supor que você se esqueceu de tudo o que leu neste livro. Não se preocupe. Lembre-se da coisa mais importante. Receba das mãos do Príncipe da Vida o seu direito à eternidade e saiba que, a partir de agora, cada passo da sua vida será sempre um sucesso.